terça-feira, 9 de novembro de 2021

Última chance para o Parque da Mooca no antigo terreno da Esso está nas mãos dos vereadores e do prefeito Ricardo Nunes


Em mais um dia que traz na pauta da Câmara Municipal de São Paulo a chamada Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, que vai mexer definitivamente com os destinos dessa região do centro expandido da cidade, pedimos outra vez a atenção do prefeito Ricardo Nunes e dos vereadores paulistanos para a reivindicação do Parque da Mooca no terreno da antiga Esso.

Veja que não é um pedido absurdo: queremos simplesmente preservar este espaço que é o último disponível na região para um grande parque, encravado na Mooca, que é também um dos bairros com menor índice de área verde na cidade, e tudo isso num terreno que por décadas foi contaminado por produtos químicos e nos últimos anos passou por um longo processo de descontaminação. Nada mais justo que deixar um bom legado para todos.

Essa região é repleta de galpões e fábricas abandonados, imóveis residenciais e comerciais desocupados, submoradias etc. O ideal para um grande plano de revitalização e reurbanização do qual o futuro parque faria parte e se integraria com perfeição. Tudo, menos a utilização dele próprio para a exploração imobiliária - que tem toda a vizinhança livre para novos empreendimentos… Ora, sejam sensatos!

A solução para o grande terreno que pertence a uma construtora e que tem projetos para inúmeros condomínios residenciais e lançamentos de alto padrão (ou seja, nem a função de habitação social pode ser alegada como prioridade) é a mesma que já foi utilizada com sucesso, por exemplo, para a viabilização do Parque Augusta. A troca por potencial construtivo em outras áreas. Simples, direto e objetivo.

Há projeto já aprovado em 1ª votação na Câmara e em condição de pauta para aprovação definitiva que cria o Parque da Mooca na totalidade do terreno da antiga Esso. Pela intenção atual da Câmara e da Prefeitura, expressa na Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, o terreno do parque seria todo retalhado, ocupado por condomínios residenciais e o pouco do verde preservado funcionaria na verdade como um grande jardim particular para os moradores desses empreendimentos de luxo. Inaceitável!

Ou seja, está nas mãos do prefeito e dos vereadores, com acompanhamento do Ministério Público e da imprensa, além do amplo apoio da comunidade há décadas, uma saída ao mesmo tempo inteligente, viável, bem planejada e que leva em conta a sustentabilidade (ambiental, econômica, social), a saúde e a qualidade de vida da população paulistana. Quem pode ser contra essa reivindicação? Resolvam isso, por favor!