terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Bolsonaro conseguiu o que nem o PT fez no auge do escândalo do “petrolão”: a Petrobras desvalorizou mais de R$ 102,5 bilhões após sua intervenção desastrada


Se há uma coisa que o nosso Midas do avesso consegue com o toque mágico do seu dedo podre é transformar ouro em me...(diocridade). É a essência do bolsonarismo, o esgoto da política transbordando para a sociedade e gerando fome, ódio, morte e miséria.

Não bastavam o negacionismo, o obscurantismo, o desequilíbrio, a irresponsabilidade e a incompetência para gerir o Brasil e enfrentar a pandemia. A tudo isso, ao golpismo, às fake news, à canalhice diária, à vergonha internacional se soma agora esta que é a maior crise - política, financeira, institucional - na história da Petrobras.

É um dos grandes patrimônios do Brasil na lata do lixo. É dinheiro público escoando pelo ladrão, no sentido literal e figurado. A Bolsa despenca, o dólar dispara, os preços aumentam, a inflação sobe, o mercado entra em parafuso e faz crescer o desemprego num momento que já era caótico, catastrófico.

O que, sinceramente, leva Bolsonaro a cometer tantas insanidades e sair dando tiros no próprio pé? Meter a mão no bolso dos brasileiros - pobres e ricos - é o começo do fim. Dilma só caiu quando errou na condução econômica, causando o desgaste político. Collor, idem. A contagem regressiva deste desgoverno está iniciada. Tic-tac.

O preço do combustível, a conta de luz e do supermercado, para citar esses exemplos simbólicos e mais sentidos pelo cidadão comum, são o pano de fundo da derrocada do bolsonarismo. Não há popularidade de político que resista à falta de comida na mesa do trabalhador.

A escalada do Centrão, tomando de assalto o Executivo, e as manobras orçamentárias que serão feitas para retomar o auxílio emergencial - que é urgente, mas vai gerar consequências danosas em diversas áreas, como saúde e educação - completam o cenário da queda. Bolsonaro está derretendo.

Pior ainda são as revelações dos reais motivos para mudar o presidente da Petrobras - o gatilho da crise. Castello Branco negou um pedido de Bolsonaro para investir R$ 100 milhões em publicidade nas redes de televisão Record, do bispo Macedo, e SBT, de Silvio Santos - aliados estratégicos do bolsonarismo.

Antes disso, já havia se recusado a participar de um grupo de empresas que compraria vacinas para serem utilizadas pela iniciativa privada. A decisão da Petrobras, que considerou inadequado financiar vacinação particular enquanto o SUS está encontrando dificuldades para atender a população devido à falta de doses suficientes, inviabilizou o esquema bilionário.

Eis aí o retrato da situação que o voto mal dado em 2018 nos trouxe. Enquanto isso, a escória bolsonarista ainda tem coragem de dizer que acabou a mamata, que Bolsonaro é diferente dos antecessores. Cúmplices imbecis! Enfim, vamos aturar esse presidente demente até quando, Brasil? O golpe está aí, cai quem quer!