quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Pronto, o Brasil eliminou a Karol Conká com 99,17% dos votos. Agora já podemos nos unir para tirar o Bolsonaro?


Se o eleitor brasileiro tiver o mesmo foco, equilíbrio, união e sensibilidade que tem para torcer e votar no paredão do BBB na hora de interpretar os fatos do mundo real, ou de viver “aqui fora”, como dizem os brothers, teremos um país bem melhor.

Nem é preciso assistir ou gostar do reality show da Globo para entender que o programa repercute tanto assim nas redes e nas ruas (distanciamento social à parte) justamente por funcionar como um espelho do Brasil, com uma lente de aumento de problemas e conflitos do nosso cotidiano.

Há episódios de preconceito, racismo, ódio, intolerância, arrogância, autoritarismo, cancelamento - e muitas vezes o oprimido se torna o opressor. Por outro lado, existe luz no fim do túnel (ou no pódio ideal dos finalistas) quando prevalecem o diálogo, a empatia, a amizade, a inteligência emocional, o respeito à diversidade, a dignidade e o senso de justiça.

Se o brasileiro enxerga tudo isso no “jogo” e consegue distinguir o certo do errado, rejeitando todos aqueles que se mostram falsos, mentirosos, incoerentes, manipuladores, oportunistas, injustos, tiranos e maldosos, por que não usa essa capacidade cognitiva também na urna eleitoral?

É verdade que o eleitor só pode mandar os maus políticos ao paredão de quatro em quatro anos (a não ser que eles peçam para sair ou infrinjam as regras e sejam eliminados), mas também é fato que existem provas diárias do líder e do anjo, onde todos nós temos poder, imunidade e autonomia para decidir o nosso próprio destino.

O segredo da vitória neste Big Brother Brasil real, de fora da telinha, é unir pipoca e camarote para derrotar os vilões negacionistas, obscurantistas, golpistas, genocidas, milicianos, corruptos, fisiológicos, autoritários. Chega de viver na xepa. É hora do brasileiro ser vip, enfrentarmos nosso confessionário até 2022 e enfim curtirmos a merecida festa da democracia!