sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Fora Bolsonaro: Capitão cloroquina, presidente demente, médico charlatão, chefe da familícia, fraquejada da humanidade


Tem gente que ainda procura motivos para o impeachment de Jair Bolsonaro. Pois se não bastassem as interferências na Polícia Federal e na Procuradoria Geral da República, a falta de decoro e o uso da máquina federal para proteger os filhos delinquentes de investigações, há uma sucessão de crimes de responsabilidade no enfrentamento da pandemia.

Negacionismo, obscurantismo, campanha anti-vacina, omissão na compra de insumos, agulhas e seringas, desprezo pelas medidas sanitárias e de distanciamento, incompetência no gerenciamento da crise e em situações como a falta de oxigênio nos hospitais de Manaus, compras superfaturadas, além da propagação de fake news e da recomendação e produção de medicamentos ineficazes contra o coronavírus.

Bolsonaro é inepto, incapaz, irresponsável, criminoso. O impeachment é a saída. A situação se tornou insustentável porque envolve diretamente a vida de centenas de milhares de brasileiros. As questões que embasaram o impeachment de Collor e Dilma foram muito menos graves e não letais, ligadas a questões técnicas como as pedaladas fiscais e a esquemas de corrupção. Manter Bolsonaro no poder é ser cúmplice de assassinato!

O presidente e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, precisam ser responsabilizados criminalmente pelos seus atos. O (des)governo usou o Exército e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para a produção e distribuição de comprimidos de cloroquina e de Tamiflu, com o emprego de recursos públicos emergenciais milionários voltados a ações contra a Covid-19. Cadeia neles!

Os dois medicamentos não tem eficácia contra o coronavírus. Todo mundo alfabetizado e civilizado sabe disso. Ainda assim, parte de um crédito extraordinário de R$ 9,44 bilhões liberados por Bolsonaro na Medida Provisória nº 940, editada em 2 de abril de 2020, foi gasto com esse charlatanismo genocida dos lunáticos desqualificados Bolsonaro e Pazuello.

Para a Fiocruz, que é vinculada ao Ministério da Saúde, foram destinados R$ 457,3 milhões dos cofres públicos para o "enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus".

Na exposição de motivos sobre a MP, não houve detalhamento de como o dinheiro seria gasto. O texto da Presidência da República enviado ao Congresso falava genericamente em "produção de medicamentos".

Porém, documentos do Ministério da Saúde comprovam que foram gastos ao menos R$ 70,4 milhões com a produção de cloroquina e Tamiflu pela Fiocruz. Ao mesmo tempo, Bolsonaro se negava a liberar a importação de insumos necessários à produção de vacinas.

Os documentos não deixam dúvidas: "Com os recursos alocados à Fiocruz, por meio da MP nº 940, para a aquisição de medicamentos, encontra-se em processo de aquisição junto a Farmanguinhos o montante de 4.000.000 de comprimidos de difosfato de cloroquina 150 mg".

Dizem ainda que o medicamento "está sendo distribuído de acordo com as orientações do Ministério da Saúde para manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19". Ou seja, o crime de responsabilidade está documentado.

Essa cloroquina da Fiocruz se soma àquela produzida pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército. Foram ao menos outros 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina, a um custo de R$ 1,16 milhão, a partir de pedidos feitos pelos Ministérios da Saúde e da Defesa. O governo de Donald Trump - brother de Bolsonaro - também fez uma doação de 2 milhões de comprimidos de cloroquina ao Brasil.

Bolsonaro mobilizou cinco ministérios, uma estatal, dois conselhos da área econômica, Exército e Aeronáutica para distribuir o medicamento ineficaz contra o coronavírus. Mais que isso: recomendou por diversas vezes a auto-medicação enquanto desestimulava a adoção de outras medidas sanitárias, providências médicas e científicas.

Dados atualizados do Ministério da Saúde mostram a distribuição de 5.416.510 comprimidos de cloroquina; 481.500 de hidroxicloroquina; e 22.380.510 de Tamiflu. O total gasto, segundo o Localiza SUS, foi de R$ 89 milhões do meu, do seu, do nosso dinheiro.

A Constituição brasileira traz a receita para tratar dessas doenças no estado democrático de direito: o impeachment! Não se trata de esquerda x direita, nem governo x oposição, mas de civilização x barbárie. #ForaBolsonaro #ImpeachmentJá