quinta-feira, 15 de julho de 2021

Câmara de São Paulo tem disputa para escolher qual vereador faz a homenagem póstuma mais estapafúrdia ao Bruno Covas


Entre os 80 projetos aprovados nesta quarta-feira, em sessão que chegou à madrugada de quinta, além da criação de 15 cargos de confiança na Secretaria da Educação, bem como a alteração na composição dos conselheiros do Comas (Conselho Municipal de Assistência Social), ambos para indicação de apaniguados do prefeito Ricardo Nunes, houve uma enxurrada de projetos de homenagens, honrarias e denominações.

Esse tipo de projeto de lei é o mais comum em todas as legislaturas, sempre o preferido dos vereadores para a pequena política que costumam fazer. São nomes de ruas, praças, equipamentos públicos, títulos de cidadão paulistano, salvas de prata, medalhas Anchieta, dia disso e semana daquilo. Mas dessa vez chama especial atenção a lista infindável (e de gosto duvidoso) das propostas de homenagens póstumas a Bruno Covas.

Há desde um título póstumo de cidadão paulistano ao ex-prefeito, que era santista de nascimento, até o nome dele ao Vale do Anhangabaú - que ele próprio reformou (aliás, também a reforma de gosto duvidoso). Nem vale a pena denominar os vereadores proponentes dessas homenagens, até porque é uma disputa acirrada de egos e adulação sem limites.

Além do título de cidadão paulistano e do Vale do Anhangabaú Prefeito Bruno Covas tem o Parque Augusta Prefeito Bruno Covas, a Avenida dos Bandeirantes Prefeito Bruno Covas e até a Rua Sete de Abril Prefeito Bruno Covas. Tudo aprovado em 1ª votação, à espera de uma segunda e definitiva para entrar em vigor. Haja ócio criativo, hein, senhores vereadores?

Mas não é só Bruno Covas o homenageado, claro. Tem Túnel Dom Paulo Evaristo Arns, a Rua Azurita alterada para Rua Associação Portuguesa de Desportos (em homenagem à Lusa), Rua Radiantes (da TV Bandeirantes) tendo agregado o nome Jornalista José Paulo de Andrade e até o nome da Igreja Quadrangular adicionado à Praça Olavo Bilac, que já homenageava o membro fundador da Academia Brasileira de Letras e autor do Hino à Bandeira. Basta por hoje ou quer mais?