quinta-feira, 22 de julho de 2021

O desgoverno Bolsonaro morreu; agora o Centrão vai escolher o momento oportuno para enterrar de vez o meme que virou presidente!


O Centrão é assim: governa e desgoverna desde sempre! Se bobear, aportaram no Brasil junto com Cabral (o navegador português, não o ex-governador preso por corrupção; mas também estiveram com aquele no Governo do Rio enquanto ele rendia lucros e dividendos; assim como em qualquer gestão de direita, esquerda ou centro).

“Se hay gobierno, estoy dentro”, é o 1º mandamento do mais legítimo representante deste agrupamento político e mafioso multipartidário. Começou folclórico, virou uma verdadeira milícia. Desde a redemocratização, não deixou de apoiar nenhum presidente da República. A ideologia que interessa ao Centrão é mais poder e dinheiro na mão - de qualquer origem, de qualquer bandeira, sem preconceitos nem escrúpulos.

A raiz do atual Centrão vem de colaboradores do regime militar que viraram a casaca para apoiar a eleição indireta de Tancredo e Sarney contra Maluf no colégio eleitoral em 1985. Seus tentáculos partem do Congresso Nacional, com predileção pelo governo federal, mas abraçam também estados e municípios (inclusive o próprio Maluf, o adversário original quando se tornou prefeito paulistano anos depois, para provar que não era nada pessoal). Interessa repartir o bolo.

Muita gente fala no tal “sistema”, ou “status quo” - é aí que o Centrão habita como parasita. Atuou na Constituinte, governou com Sarney até a economia ficar em frangalhos e a popularidade dele se esgotar, ajudou a eleger e derrubar Collor, governou com Itamar, governou com FHC, surfou na onda do Lula, ficou com Dilma até o impeachment que eles ajudaram a articular, sobreviveram à Lava Jato com Temer e chegaram enfim a Bolsonaro.

Ah! Bolsonaro! Jair Messias virou o salvador do Centrão. Enfim o mito mitômano abandonou aquele discurso engana-trouxa contra o sistema e voltou para os braços daqueles que compõem seu verdadeiro habitat, como deputado medíocre por 30 anos chafurdado no fisiologismo e na corrupção do baixo clero e no esgoto da política. Como presidente não seria diferente.

Pois Bolsonaro anuncia uma “reforma ministerial” para dar mais poder, cargos e dinheiro aos políticos do Centrão. Faz um afago especial ao PP, com sua nova marca Progressistas - o nome fantasia da velha Arena que virou PDS, PPR, PPB, PP e a PQP (tanto faz!) - ao nomear Ciro Nogueira, seu presidente nacional e chefe da quadrilha, para o Ministério (e indicar também uma possível filiação partidária para 2022, voltando às próprias origens bolsonaristas).

Bolsonaro é mais do mesmo. Só enxergou outra coisa quem quis, por desinformação, ignorância, cretinice, oportunismo ou canalhice. Quem votou em Bolsonaro e se arrependeu ainda tem salvação, claro! Serão bem-vindos na defesa do Brasil, da democracia e do estado de direito. Agora, quem continua com essa corja é cúmplice e, com Bolsonaro, deve ser despejado no lixo da História. 👋 🚽