sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Vamos pensar juntos sobre o antipetismo e o antibolsonarismo?


Ficou evidente que o presidente da República, seja quem for, será eleito muito mais pela rejeição ao adversário do que propriamente pelos eleitores fiéis de um ou de outro - já que nenhum candidato atingiu maioria absoluta no 1º turno.

A minha conversa, então, é com quem vai definir essa eleição e pretende escolher o chamado “mal menor”. Claro que isso exclui fanáticos e lunáticos de ambos, pois o meu convite é para PENSAR fora da caixinha. Fora da bolha. E uma multidão de bolsonaristas e petistas não querem ou simplesmente não conseguem pensar ou agir fora da cartilha.

Mas vamos lá, de modo rápido e objetivo. Esclarecendo que eu tenho lado. Não voto em nenhuma hipótese no Bolsonaro e explico as minhas razões. Entre Bolsonaro e uma barata eu escolheria a barata. Não porque eu tenha simpatia pelo inseto. Ao contrário. Mas porque o inseto não é tão letal e destrutivo como o verme que hoje domina o Brasil.

Não, eu não vou tentar lhe convencer que não houve corrupção nos governos petistas. Existiu - e bastante. Envolveu todos os partidos de sustentação aos governos da época, que não por acaso são os mesmos do presidente de agora e os de sempre. Porque, afinal, o corrupto precisa do governo para sobreviver. Corruptíveis e corruptores necessitam uns dos outros - e se preservam.

Então, pense e responda: Por que todos os partidos e políticos corruptos (aqueles mesmos condenados nos esquemas do mensalão, do petrolão e outros) estão com Bolsonaro? Veja aí: a começar do dono do PL, o ex-presidiário Valdemar Costa Neto, passando por Eduardo Cunha, Roberto Jefferson e até uma espécie de guru deles todos, Fernando Collor. Pesquise e comprove.

Se já não bastassem PP, PL, PTB, Republicanos etc., agora se juntam a Bolsonaro o União Brasil (DEM + PSL) e as partes podres do MDB, do Novo, do Podemos e do próprio PSDB, que até ontem eram odiados pelos bolsonaristas. Como justificar que estejam todos de braços dados: os corruptos do Centrão, bandidos e “comunistas” dessas outras legendas, como acusavam os bolsonaristas?

Veja em São Paulo, por exemplo: prefeito do MDB e governador do PSDB, os mesmos apontados como esquerdistas e lenientes com o PCC (ou até cúmplices, visto que há esquemas flagrados na gestão), apóiam Bolsonaro e Tarcisio a troco de que? Pecadores arrependidos recém convertidos ao bolsonarismo? Ou a associação da política com milicianos e o crime organizado está dando um passo adiante? Pense.