segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Bolsonaro perdeu, graças a Deus! O perigo é São Paulo virar QG de bolsonaristas lunáticos e desocupados


Que festa bonita da democracia. A eleição foi apertada mas legítima. A vontade do eleitor foi manifestada nas urnas. Lula é o presidente eleito pela terceira vez. Como nós já dizíamos e ele mesmo reiterou no primeiro discurso: não é uma vitória dele e do PT, apenas, mas de todos os cidadãos que amam o Brasil, a vida e compreendem o que significa o bolsonarismo.

Aqui em São Paulo teremos o neófito Tarcisio de Freitas depois de três décadas de PSDB. O desafio do novo governador é não transformar o Estado num QG bolsonarista, dando guarida para lunáticos e defenestrados do desgoverno federal. Que Tarcisio tenha grandeza e sabedoria para se desvencilhar das amarras ideológicas e conspirações golpistas.

Sofrerá pressão da familícia e da escória que inventou a sua candidatura e ajudou a elegê-lo, obviamente. Mas precisa se lembrar que o voto dado a ele foi muito além do fã-clube de Bolsonaro. Representa muito do conservadorismo paulista e do antipetismo, mas isso não lhe dá carta branca para jogar São Paulo numa aventura quixotesca para saciar a sede de vingança dos derrotados no plano federal.

Nesse aspecto, Gilberto Kassab e Guilherme Afif, apoiadores de primeira hora, devem ajudar a fazer a ponte entre Tarcisio e o mundo real, que se sobrepõe ao terraplanismo e ao ódio da bolha bolsonarista. Nesse esgoto a céu aberto, já falam que Lula ganhou mas “não vai levar”. Ou: “foi eleito, mas não vai governar”. O bolsonarismo é uma doença, mas a democracia se mostrou uma vacina poderosa e eficaz. Seguimos na luta!