segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Vereadores que se elegeram deputados abrem espaço para suplentes completarem metade dos seus mandatos


Dos 18 vereadores paulistanos que se candidataram nestas eleições à Assembleia Legislativa ou à Câmara dos Deputados, apenas seis conseguiram se eleger neste domingo, 2 de outubro. Com isso, serão chamados os suplentes dos partidos para, a partir de 2023, concluírem a metade final dos respectivos mandatos, agora como titulares.

Pelo PT se elegeram deputados estaduais os atuais vereadores Eduardo Suplicy e Antonio Donato. Para deputada federal foi eleita Juliana Cardoso. Alfredinho será o 2º suplente de uma bancada de 11 deputados. Na linha de sucessão petista as vagas abertas serão dos suplentes de vereadores Reis (também eleito estadual), Manoel Del Rio, Hélio Rodrigues e Luna.

Pelo PSOL está eleita Erika Hilton para a Câmara dos Deputados. O vereador Toninho Vespoli não se elegeu mas será o primeiro suplente de uma bancada de seis deputados na Assembleia Legislativa. A suplência na Câmara Municipal será do coletivo Juntas Mulheres Sem Teto.

O MDB elegeu deputado federal o vereador de primeiro mandato, Delegado Palumbo. A vaga do partido será do suplente de vereador Dr. Nunes Peixeiro. Concorreram sem sucesso nas urnas George Hato, Marlon Luz e Janaína Lima.

Pelo União Brasil o eleito para a Câmara dos Deputados foi Felipe Becari, que em 2020 se elegeu vereador pelo PSD. Portanto, a suplência aberta é de Police Neto, do PSD, ex-presidente da Câmara Municipal que retorna ao Legislativo.

Outros vereadores que fracassaram na busca por mandatos federais foram Fernando Holiday (Novo), Missionário José Olímpio (2º suplente do PL), Eliseu Gabriel (PSB), Rodolfo Despachante (PSC), Sidney Cruz (Solidariedade) e Sandra Tadeu (nem ela nem o marido Jorge Tadeu foram eleitos pelo União).

Para a Assembleia Legislativa não se elegeram os vereadores George Hato (MDB) e Isac Felix (PL), que assistiu o padrinho Antonio Carlos Rodrigues se tornar deputado federal, ele que presidiu a Câmara de São Paulo por quatro mandatos consecutivos, foi ministro da Dilma e suplente de Marta Suplicy no Senado.

Outros vereadores fizeram campanha para parentes diretos, como o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), que reelegeu seus dois filhos, um na Câmara dos Deputados e outro na Assembleia Legislativa.

Os irmãos Tatto - Jair e Arselino, que fazem dobradinha na Câmara paulistana - repetiram a dose dupla em Brasília, elegendo Jilmar e Nilto Tatto deputados federais, e ainda emplacaram Enio Tatto deputado estadual, batendo recorde de eleitos pela chamada Tattolândia.

Em contrapartida, os irmãos Tripoli - Roberto (PV) e Xexéu (PSDB) - não tiveram o mesmo sucesso: nem o irmão Ricardo nem a sobrinha Giovanna Tripoli receberam votos suficientes pelo PSDB para a Câmara e a Assembleia, respectivamente.

Ainda no quesito parentesco, a vereadora Ely Teruel (Podemos) teve eleito o marido Fabio Teruel (MDB) para deputado federal. Gilberto Nascimento (PSC) viu o pai reeleito, ao contrário de Rodrigo Goulart (PSD). João Jorge (PSDB), Eli Correa (União) e Ricardo Teixeira (União) não elegeram seus filhos. Celso Gianazzi (PSOL) teve o deputado estadual reeleito Carlos Gianazzi como o 2º mais votado da Assembleia paulista.