quinta-feira, 27 de agosto de 2020

A fritura de Moro e Guedes por Bolsonaro expõe a verdadeira face do mitômano


Quem votou no presidente Jair Bolsonaro em 2018, tirando os lunáticos, fanáticos e analfabetos funcionais da bolha bolsonarista, votou também em outras referências: como na aliança anti-corrupção com Sérgio Moro e a Lava Jato, ou no perfil liberal e austero do economista Paulo Guedes.

Pois agora, passados menos de dois anos da eleição, o que é este governo senão um antro de corruptos e estelionatários, como ao faturar com o auxílio emergencial aprovado pelo Congresso (que Bolsonaro era contra) ou ao se apropriar de programas que tanto combatia, como o Bolsa Família e a renda básica da cidadania, dando novos nomes e nova roupagem? 

Moro já foi atirado aos leões milicianos na arena ideológica virtual do bolsonarismo, e o (im)Posto Ipiranga Guedes segue em rápido processo de fritura pública, exposto ao ridículo por Bolsonaro. O que o presidente está fazendo com o ministro da Economia é de uma canalhice e covardia sem precedentes.

Quem conhece a trajetória de Bolsonaro e da familícia sabia que a aliança eleitoral com Moro não iria longe. O combate à corrupção era balela, assim como o fim do foro privilegiado ou a prisão em 2ª instância, propagandas caça-votos do falso mito que escondia a verdadeira face de um mitômano.

Da mesma maneira, Guedes serviria apenas para iludir o eleitorado mais preocupado com as reformas estruturais do Estado e a responsabilidade fiscal do governo. Controle de gastos, fim da distribuição de cargos e da farra das medidas eleitoreiras? Isso durou até a página dois.

A história passa a ser escrita agora em parceria com o Centrão e com os políticos mais corruptos e fisiológicos de todos os tempos. Vale tudo pela reeleição, para barrar um eventual processo de impeachment e para proteger os filhos delinquentes. Quem, sinceramente, ainda acredita em Bolsonaro?