terça-feira, 4 de agosto de 2020

Educação é prioridade: Que o governo aprenda a ensinar melhor

Em meio à pandemia e à indefinição sobre a volta às aulas presenciais, São Paulo acena com uma mudança interessante para tentar conter a evasão de estudantes do ensino médio e tornar mais prático e efetivo o aprendizado.

Adaptar o currículo escolar aos reais interesses dos jovens parece um bom caminho. Uma lei federal já determina a reformulação - e o governo paulista sairá na frente ao oferecer diferentes itinerários formativos, como: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e sociais, formação técnica e profissional.

Parece óbvio que, diante de um abandono de 25% a 35% dos alunos matriculados nas 3.737 escolas da rede estadual, o problema precisa ser enfrentado para garantir o interesse e a frequência dos adolescentes no tradicional sistema de educação.

Aumentar a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes, além de permitir que os alunos priorizem o aprendizado de matérias relacionadas às suas áreas de preferência, apontam para soluções mais adequadas, inteligentes e contemporâneas.

Obviamente há outros problemas, como limitações físicas e estruturais das escolas, a crise econômica, a lentidão e a burocracia para a realização de mudanças, o atraso tecnológico etc., mas o rumo da reformulação parece correto.

Com ações conjuntas para a valorização e o melhor preparo também dos professores e profissionais do ensino, adequando tanto os educadores quanto os estudantes a esses novos tempos de ferramentas digitais e virtuais, poderemos fazer uma verdadeira revolução na educação do país.

Precisamos de investimentos, empenho e vontade política. São mudanças necessárias e graduais, que talvez não tragam benefícios eleitorais imediatos e por isso mesmo não mobilizem tanto o meio político-partidário. Mas é a única forma de construir uma verdadeira Nação. Quem se habilita?