quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Bolsonaro: um presidente para inglês ver (e americano, e israelense, e holandês), gastando R$ 40 milhões do meu, do seu, do nosso dinheiro!


O presidente demente é uma vergonha nacional e global. Isso todo mundo já sabia. Mas a novidade escandalosa é que ele gasta dinheiro dos cofres públicos para fazer seu marketing pessoal no exterior. Pode isso?

Não basta ser inepto, irresponsável, desqualificado, lunático e incompetente em português. Bolsonaro é tudo isso e mais um pouco em diversos idiomas, torrando 17 vezes mais que os últimos três presidentes brasileiros gastaram juntos com publicidade internacional.

Os dados são oficiais: Bolsonaro pagou R$ 27,7 milhões em 2020 e R$ 11,7 milhões em 2019 para "contrapor percepções equivocadas e descontextualizadas que, por vezes, surgem no cenário internacional", segundo a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social). Os números constam dos pagamentos e da execução contratual do Palácio do Planalto.

Bolsonarista é contra a globalização, contra a opinião de líderes mundiais, contra produtos que vem de fora competir com a indústria nacional, contra a importação de vacina etc. etc. etc., além de mandar todo opositor pra Cuba, China e Venezuela. Não é verdade? Mas quem roda o mundo é o nome do Bolsonaro, bancado por nós!

Ambientalista, cientista, artista, estadista, bastou dar palpite sobre algum assunto nacional ou criticar Bolsonaro para ser “cancelado” pela milícia de fanáticos, lunáticos e robôs do bolsonarismo. Tudo da boca pra fora, claro! Como mostram os gastos milionários do desgoverno para tentar melhorar a imagem do meme que virou presidente no exterior.

Não deixa de ser inusitado esse desperdício astronômico de dinheiro público para alguém que vive dizendo “e daí?” para os críticos. O lambe-botas de Donald Trump quis divulgar suas sandices em inglês. Quem sabe se assim o presidente derrotado dos EUA não lembrava dele, né?

Uma dessas propagandas bolsonaristas é exibida num outdoor eletrônico que cobre metade de um prédio na saída de uma das estações de metrô mais movimentadas de Nova York, a um quarteirão do Empire State. 

O mote é apresentar um "novo Brasil, moderno e produtivo", e que "preserva 60% de sua vegetação original". Piada de mau gosto, hein? Pura fake news, no pior estilo do bolsonarismo. É muita cara-de-pau! Fala sério!

Há ainda o relato de anúncios pagos em pontos de ônibus nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França e até na Holanda. O brasileiro Lucas Magalhães se surpreendeu ao ouvir, em inglês, a frase "o mundo precisa conhecer o Brasil segundo o Brasil" durante uma viagem num trem holandês.

“Curiosíssimo para saber quanto o Governo Federal tá desembolsando em publicidade ao ponto de ouvir de um celular aleatório no trem aqui na Holanda 'the world needs to know Brazil by Brasil”, ele tuitou. Bem que dizem que na Holanda a droga é liberada. Circula até o nome Bolsonaro! Argh!

Brian Winter, editor-chefe de uma revista especializada em América Latina, a “Americas Quarterly", também registrou no Twitter um painel pago pelo governo brasileiro em um ponto de ônibus de Nova York com a esperança de consertar o problema de Relações Públicas depois do descaso com a situação da Amazônia.

Que lixo globalizado é o bolsonarismo, meu Deus! Só para constar: esses R$ 40 milhões gastos em publicidade “para inglês ver” (e americano, e francês, e holandês) seriam suficientes para pagar o auxílio emergencial a mais de 133 mil famílias de brasileiros miseráveis agora em janeiro. Mas estamos gastando para massagear o ego desta besta. Xô, Bolsonaro!