sábado, 30 de janeiro de 2021

Câmara e Senado vão eleger os candidatos do Bolsonaro: tem corrupto, mafioso, agressor de mulher (tutti buona gente!)


Bolsonaro não ia acabar com a farra no Congresso, não ia lutar contra político corrupto, não ia botar um fim nas mamatas? E você sabe quem são esses candidatos à presidência da Câmara e do Senado que vão se eleger nesta segunda-feira com o apoio do bolsonarismo?

Se não bastasse Bolsonaro ter sido por 30 anos um deputado medíocre, chafurdado até o pescoço no lamaçal da velha política, ter um filho mau senador, outro péssimo deputado e um terceiro vereador chinfrim, essa familícia ainda é aliada, protegida e protetora do Centrão e dos políticos mais repugnantes e criminosos da História do Brasil.

Aliás, você que tanto critica petista e que chama de “esquerdalha” todo e qualquer opositor do presidente, fique sabendo que o PT e Bolsonaro estão unidos para eleger o mesmíssimo candidato a presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). E o candidato bolsonarista a presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também reúne de tudo, do apoio declarado da direita e da esquerda a traidores (escondidos sob o voto secreto) do DEM, MDB, PT, PSL, PSB, PDT, PSDB e da PQP.

Ora, Bolsonaro não é apenas mais do mesmo. É o pior do que a política universal já produziu, cercado de toda a escória da sociedade e o esgoto da bandidagem partidária. Detalhe que, em breve, também em função desses acordos, Bolsonaro vai relotear ministérios e cargos federais, além de anunciar o partido em que pretende disputar a reeleição em 2022. Mas bolsonarista fiel vai passar pano, claro! Vale tudo pelo poder.

O futuro presidente da Câmara, Arthur Lira, unha-e-carne de Bolsonaro, é denunciado pela Procuradoria Geral da República por lavagem de dinheiro e prevaricação (crime cometido por agente público para satisfazer interesse pessoal). Teve seu assessor flagrado pela Polícia Federal com dinheiro de propina no bolso, na cintura e nas meias ao tentar embarcar para Brasília no Aeroporto de Congonhas.

Mas Lira não é apenas alvo da Operação Lava Jato - que Bolsonaro ajuda a enterrar, unido ao PT, ao Centrão e à banda podre do STF. Ele também liderou o esquema das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa de Alagoas, num golpe de apropriação de dinheiro público idêntico ao crime praticado pela familícia Bolsonaro e pelo amigão Queiroz.

Mas não é só isso. Tem muito mais suspeitas e denúncias de associação criminosa, corrupção passiva e ativa (ou seja, na hora de ferrar o povo ele é versátil). Porém, grave mesmo é a acusação de agressão contra a ex-mulher, com quem foi casado por dez anos e tem dois filhos. Desde 2006 a ex-mulher registra boletins por lesão corporal, vítima de socos, pontapés e esganadura.

Bonzinho o moço, não? Corrupto e agressor de mulher. Surpresa seria se fosse diferente, como filho de um coronel da velha política alagoana e líder do Centrão, que sucedeu o ex-presidente da Câmara e presidiário Eduardo Cunha (MDB) no comando dessa máfia parlamentar, governista desde o descobrimento do Brasil em 1500.

Já o futuro presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem uma ficha mais limpinha. Aos 44 anos, formado em Direito, está na primeira legislatura no Senado pelo DEM. Antes, havia sido deputado federal por Minas Gerais, eleito pelo MDB. Foi um fiel defensor de Michel Temer, blindando o ex-presidente de qualquer processo de cassação na presidência da CCJ da Câmara.

O sonho de Pacheco, herdeiro de uma família que controla grandes empresas de transporte e a própria agência reguladora do setor, é usar a presidência do Senado como trampolim para o Governo de Minas, com apoio de Bolsonaro e dos múltiplos partidos da aliança governista.

Amigo e aliado do tucano Aécio Neves mas também do PT do ex-governador Fernando Pimentel, passando pelo atual prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), Pacheco é o típico político tradicional mineiro, no melhor e/ou no pior significado que esse termo pode ter. Por todas essas características foi escolhido o homem de confiança de Bolsonaro no Senado. Todos eles se merecem. Ganham os políticos, perde o Brasil.