sábado, 23 de janeiro de 2021

Mais um motivo para o impeachment: Bolsonaro proíbe ministros de atenderem a pedidos de Doria


Aonde está a impessoalidade do cargo? O presidente demente confunde a Presidência da República e o Governo do Estado de São Paulo com um ringue de luta-livre, uma rinha de briga de galo, uma disputa de ponto de tráfico por milicianos nos morros do Rio.

Ao proibir seus ministros de atenderem a qualquer pedido do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu adversário político, Bolsonaro está boicotando a população do maior Estado do Brasil. Se faltavam motivos para o impeachment (e não faltam), agora temos mais um real, concreto e objetivo.

Depois de asfixiar os habitantes de Manaus sem oxigênio nos hospitais, Bolsonaro agora quer sufocar os paulistas - administrativamente, politicamente, economicamente. É um inepto, criminoso, desequilibrado, desqualificado, lunático, incapaz, invejoso, ciumento e vingativo.

Quem conversar e fizer "graça" para o governador de São Paulo estará sujeito a receber cartão vermelho, é o que Bolsonaro ameaça seus ministros, naquele linguajar tipicamente cretino do meme que virou presidente.

A ordem foi reforçada depois que Doria deu a largada para a vacinação contra a covid-19 no Brasil no domingo passado, 17 de janeiro, tirando qualquer protagonismo do próprio presidente - um ignorante, negacionista, obscurantista - e do Ministro da Saúde, outro paspalho incompetente.

Bolsonaro está convencido de que o governador paulista e também presidenciável tucano trabalha em sintonia com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para desgastar cada vez mais o governo e articular o impeachment.

“Não vão conseguir me derrubar", disse Bolsonaro visivelmente contrariado, em recente conversa com aliados, segundo reportagem do "Estadão".

Em mais de uma ocasião, Bolsonaro chamou Doria de "calcinha apertada" e "gravatinha". As expressões são usadas por ele, em reuniões com ministros, para se referir pejorativamente ao governador que é um de seus possíveis oponentes para 2022.

A CoronaVac já foi chamada por Bolsonaro e por bolsonaristas de "vacina chinesa do Doria", mas agora, após várias trapalhadas e crimes de responsabilidade por ação e omissão, o (des)Governo tenta faturar política e eleitoralmente com a “vacina do Brasil”. Patético!