segunda-feira, 6 de julho de 2020

Cá entre nós, você não sente vergonha do presidente do Brasil?

Neste sábado, 4 de julho, o presidente Jair Bolsonaro comemorou o Dia da Independência dos Estados Unidos.

Que cena mais grotesca, bajuladora, submissa, colonialista, antipatriótica, subserviente. Não é este o presidente que adotou o slogan “Brasil acima de tudo?”. O tal da “nossa bandeira jamais será vermelha?”.

Pode ser o que, então? Listrada com estrelinhas? Que ridículo! Mas nada que surpreenda regredir no tempo com Bolsonaro, o bolsonarismo e os bolsonaristas. A primeira bandeira da República já foi mesmo uma cópia mal feita da americana.

Que tal resgatar aquele pavilhão de mau gosto junto com a proposta de intervenção militar, de “novo AI-5”, de fechamento do Congresso e do Supremo, de armar a população até os dentes para enfrentar a “ameaça comunista”?

Já sabemos que Bolsonaro é tosco, inepto, despreparado, desequilibrado, desqualificado. Que é incompetente para governar. Que juntou no ministério um bando de fanáticos e milicianos ideológicos. Que ajudou a eleger uma bancada de lunáticos e sociopatas.

Mas estas cenas ridículas, como os desfiles rotineiros com as bandeiras dos Estados Unidos e de Israel, bem como o desprezo pela ciência, pela cultura, pela educação e pelo meio ambiente, colocam o Brasil com destaque inédito numa posição de vergonha mundial!

E não foram poucas as vezes em que Bolsonaro ficou de joelhos para os EUA: ao liberar a entrada de americanos sem visto enquanto eles seguem tratando os brasileiros como cidadãos de segunda classe, por exemplo.

Ao imitar o presidente Trump na recomendação da cloroquina contra o coronavírus, mesmo após a ciência desmentir a sua eficácia. Ao atacar a Organização Mundial da Saúde. Na fuga de Weintraub com passaporte diplomático.

Ao endossar as posições retrógradas dos EUA na ONU (isso quando não se junta às ditaduras e aos países islâmicos). Ao acreditar na promessa de que Trump iria promover a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Além do ridículo episódio da indicação do filho Eduardo Bolsonaro para a Embaixada dos Estados Unidos, apontando no currículo a suposta amizade com Trump e o fato dele ter morado no país fritando hamburguer e aprendendo inglês.

Nada pode ser mais vexatório para o Brasil do que Bolsonaro entre os líderes mundiais. Pense nos defeitos de Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma, Temer. Misture tudo, selecione o pior e nem assim se chega ao nível subterrâneo de Bolsonaro.

Mas não basta a vergonha mundial. Temos a canalhice doméstica também. Aonde está o prometido combate à corrupção, o apoio à Lava Jato, ao fim do foro privilegiado, à prisão em segunda instância?

Bolsonaro é a própria mentira. O meme que virou presidente é também o rei das fake news. O Brasil não merece este vexame. Precisamos virar a página e retomar a nossa História com democracia e dignidade.

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