quarta-feira, 10 de junho de 2020

Quem responderá pela Prefeitura de São Paulo a partir de 1º de janeiro de 2021?

Ainda não se sabe ao certo nem mesmo a data das eleições municipais deste ano, que podem ser adiadas de outubro para novembro ou dezembro por conta do coronavírus.

Mas já podemos identificar com alguma clareza quem são os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo e quem já está fora do páreo.

Por exemplo, Celso Russomanno e José Luiz Datena, dois nomes que sempre despontam com maior favoritismo nas pesquisas de intenção de voto, optaram por permanecer na TV e com isso definitivamente abriram mão de disputar estas eleições (ou não?).

Isso significa que Republicanos e MDB, partidos aos quais Russomanno e Datena são filiados, permanecem soltos no “mercado”. Mesmo que não apresentem candidaturas próprias, já valorizaram o passe para negociar apoio ao prefeiturável que apresentar o dote mais atraente.

Quem agrega mais partidos até agora é o atual prefeito Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição com provável apoio do DEM, PL, PSC, Podemos e Cidadania.

Pelo PSB, com apoio possivelmente do PDT, do PV e da Rede Sustentabilidade, o candidato será o ex-governador e ex-prefeito de São Vicente, Márcio França.

O PT optou por Jilmar Tatto, forte nas bases do partido mas com índice inexpressivo nas pesquisas de intenção de voto. Anote aí: candidatíssimo a ter o pior desempenho do PT nos últimos 30 anos.

O PSD de Gilberto Kassab deve lançar o ex-ministro e ex-vereador Andrea Matarazzo. Pelo PSL, partido que elegeu Bolsonaro, o nome mais forte é o de Joice Hasselmann, ex-aliada do presidente e hoje proponente do seu impeachment.

Mais à direita, o Patriota apresenta a candidatura do deputado estadual Arthur do Val (Mamãe Falei), quase como uma franquia do MBL, e o Novo deve lançar Filipe Sabará, ex-secretário na administração de João Doria.

Mais à esquerda, o PSOL deve apostar numa dobradinha do ex-presidenciável Guilherme Boulos, do MTST, com a ex-prefeita Luiza Erundina, embora os deputados Carlos Giannazi e Sâmia Bomfim sigam pleiteando a vaga. Pelo PCdoB, o deputado federal Orlando Silva também é pré-candidato.

Outro nome forte, cotado para vice tanto de Bruno Covas quanto de Márcio França, é o da ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy, que está filiada ao Solidariedade depois de deixar o PT, passar pelo MDB e ser cortejada por outros partidos.

Diante deste cenário, uma conta não fecha. Será que Bolsonaro não terá nenhum candidato para mobilizar o apoio dos bolsonaristas em São Paulo?

E, mais importante, ninguém para defender abertamente a sua gestão num contexto em que o antibolsonarismo vem crescendo tão rapidamente?

Dois nomes vem ciscando nesse campo minado, mas que em tese ainda concentra um terço do eleitorado: Andrea Matarazzo e o deputado federal Marco Feliciano, expulso do Podemos e recém-filiado ao Republicanos exatamente para tentar viabilizar uma candidatura com o aval do bolsonarismo e dos evangélicos. O tempo é curto e o risco, alto.

Mas, e aí? Você apostaria em qual nome como o mais cotado para se eleger à Prefeitura de São Paulo? E quem afinal merece o seu voto?