Mas já podemos identificar com alguma clareza quem são os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo e quem já está fora do páreo.
Por exemplo, Celso Russomanno e José Luiz Datena, dois nomes que sempre despontam com maior favoritismo nas pesquisas de intenção de voto, optaram por permanecer na TV e com isso definitivamente abriram mão de disputar estas eleições (ou não?).
Isso significa que Republicanos e MDB, partidos aos quais Russomanno e Datena são filiados, permanecem soltos no “mercado”. Mesmo que não apresentem candidaturas próprias, já valorizaram o passe para negociar apoio ao prefeiturável que apresentar o dote mais atraente.
Quem agrega mais partidos até agora é o atual prefeito Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição com provável apoio do DEM, PL, PSC, Podemos e Cidadania.
Pelo PSB, com apoio possivelmente do PDT, do PV e da Rede Sustentabilidade, o candidato será o ex-governador e ex-prefeito de São Vicente, Márcio França.
O PT optou por Jilmar Tatto, forte nas bases do partido mas com índice inexpressivo nas pesquisas de intenção de voto. Anote aí: candidatíssimo a ter o pior desempenho do PT nos últimos 30 anos.
O PSD de Gilberto Kassab deve lançar o ex-ministro e ex-vereador Andrea Matarazzo. Pelo PSL, partido que elegeu Bolsonaro, o nome mais forte é o de Joice Hasselmann, ex-aliada do presidente e hoje proponente do seu impeachment.
Mais à direita, o Patriota apresenta a candidatura do deputado estadual Arthur do Val (Mamãe Falei), quase como uma franquia do MBL, e o Novo deve lançar Filipe Sabará, ex-secretário na administração de João Doria.
Mais à esquerda, o PSOL deve apostar numa dobradinha do ex-presidenciável Guilherme Boulos, do MTST, com a ex-prefeita Luiza Erundina, embora os deputados Carlos Giannazi e Sâmia Bomfim sigam pleiteando a vaga. Pelo PCdoB, o deputado federal Orlando Silva também é pré-candidato.
Outro nome forte, cotado para vice tanto de Bruno Covas quanto de Márcio França, é o da ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy, que está filiada ao Solidariedade depois de deixar o PT, passar pelo MDB e ser cortejada por outros partidos.
Diante deste cenário, uma conta não fecha. Será que Bolsonaro não terá nenhum candidato para mobilizar o apoio dos bolsonaristas em São Paulo?
E, mais importante, ninguém para defender abertamente a sua gestão num contexto em que o antibolsonarismo vem crescendo tão rapidamente?
Dois nomes vem ciscando nesse campo minado, mas que em tese ainda concentra um terço do eleitorado: Andrea Matarazzo e o deputado federal Marco Feliciano, expulso do Podemos e recém-filiado ao Republicanos exatamente para tentar viabilizar uma candidatura com o aval do bolsonarismo e dos evangélicos. O tempo é curto e o risco, alto.
Mas, e aí? Você apostaria em qual nome como o mais cotado para se eleger à Prefeitura de São Paulo? E quem afinal merece o seu voto?