sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Bolsonaro, o cafajeste do ano!


Fim de ano é praxe eleger quem mais se destaca em diversos setores. Está aí o polonês Robert Lewandowski, artilheiro do Bayern de Munique, que acaba de receber o prêmio de melhor do mundo da Fifa.

Aqui, como tratamos de política, jornalismo, democracia, justiça, cidadania, educação e cultura, entre outros temas convergentes, resolvemos eleger o CAFAJESTE DO ANO.

Para justificar a escolha, vamos listar os adjetivos atribuídos a Bolsonaro pelos mais recentes editoriais da Folha, do Estadão e do programa Conversa com Bial. Nós que repudiamos diariamente as sandices deste presidente demente nem precisamos manifestar outra vez a nossa opinião.

Para a Folha, “passou de todos os limites a estupidez assassina do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de coronavírus”. Ele é chamado de “sabotador”, protagonista de um “descaso homicida” e alguém que tem ao seu lado um “círculo de patifes”, incluindo seu ministro da Saúde, um “fantoche apalermado”.

O jornal complementa: “É hora de deixar de lado a irresponsabilidade delinquente, de ao menos fingir capacidade e maturidade para liderar a nação de 212 milhões de habitantes num momento dramático da sua trajetória coletiva”.

Em tom exaltado, especialmente sobre a pandemia, cobra publicamente: “Chega de molecagens com a vacina!”. E conclui: Bolsonaro está “cego por sua ambição política e com olhos apenas em 2022”.

Para o Estadão, Bolsonaro é o “demolidor da República” auxiliado por seus cúmplices. O editorial relembra que, “desde o início da pandemia, a única preocupação de Bolsonaro é livrar-se de qualquer responsabilidade, seja sobre as mortes, seja sobre os problemas econômicos”.

O jornal prossegue, comentando a ideia estúpida de exigir uma autorização assinada de quem quiser tomar a vacina: “Mas atribuir aos próprios cidadãos uma responsabilidade que é inteiramente do Estado constitui desfaçatez inaudita até para este governo”.

“Confortável, Bolsonaro abandonou de vez a fantasia reformista que inventou para se eleger e anunciou que retomará sua agenda deletéria, a começar pela nova tentativa de ampliar a excludente de ilicitude para policiais, um projeto já rejeitado pela Câmara por constituir evidente licença para matar”, acrescenta o Estadão.

O texto também diz que "na sua empreitada para arruinar a República, Bolsonaro conta com vários outros cúmplices – como os comerciantes que se aglomeraram sem máscara e urraram de excitação com o discurso virulento de Bolsonaro na Ceagesp, os policiais e os militares que o tratam como mito em eventos País afora e os políticos do Centrão que lhe dão guarida parlamentar em troca de acesso ao butim do Estado".

Para o jornalista e apresentador Pedro Bial, num discurso contundente contra o presidente, Bolsonaro é um “desgovernante”, “delirante”, acéfalo”, “inominável”, “sem máscara e sem noção”.

Bial afirmou: “Na pandemia deste 2020 nefasto, o Brasil se destacou. Desde o início, nosso desgovernante tentou negar a gravidade da crise, seguiu inventando remédios milagrosos, sabotou ministros da saúde e educação. Deu os piores exemplos”.

“Sem máscara e sem noção, ele causou aglomeração. O inominável contribuiu de forma decisiva para que mais gente morresse. Agora se supera, delirante, ao desprezar a única solução: a vacina. Como disse o próprio acéfalo que hoje ocupa o Palácio do Planalto: morrer todo mundo vai morrer mesmo. Pior quem tem uma vida pela frente”.

Precisa dizer mais alguma coisa? Ninguém merece tanto o prêmio de MAIOR CAFAJESTE de 2020 quanto Jair Messias Bolsonaro, o pai da familícia, o meme que virou presidente por acidente, o mito dos tolos, fanáticos e lunáticos, que se mostra um mitômano dia após dia. Que dure pouco no poder. Amém!


NOTA DE RODAPÉ: Já que o assunto são atitudes cafajestes, merece uma “menção desonrosa” de última hora o ato repugnante do deputado estadual Fernando Cury ao tocar criminosamente o corpo da deputada Isa Penna, sua colega de Assembleia. Não foi abraço. Não cabe desculpa. Pode até não ter sido maldoso, mas foi cafajeste. Abusivo. Canalha. Ridículo. Nojento. Ponto.