segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Vereadores aprovam 45% de aumento nos salários do prefeito, do vice e dos secretários paulistanos


Com votação simbólica num dia incomum para as sessões extraordinárias da Câmara Municipal de São Paulo, os vereadores aprovaram nesta segunda-feira, 21 de dezembro, em primeira votação, este reajuste aviltante, em plena crise da pandemia.

Chega a ser ofensivo, enquanto explode o desemprego e quase todas as atividades econômicas, comerciais e de serviços apresentam queda de arrecadação, dar esse aumento extemporâneo ao primeiro escalão da Prefeitura.

Mais absurdo ainda é saber que todos os demais funcionários públicos prosseguem sem reajuste, e ainda são apontados pelos próprios políticos como os grandes vilões do rombo dos cofres públicos, o que justifica reformas previdenciárias e trabalhistas, além de outros ataques aos direitos dos servidores.

O salário atual do prefeito Bruno Covas (PSDB), que é de R$ 24 mil, passará a cerca de R$ 35 mil. O vice-prefeito Ricardo Nunes (MDB), na despedida da vereança, passará a receber aproximadamente R$ 31 mil, neste presentão de Natal votado por ele próprio e pelos colegas. O secretariado passa a ganhar R$ 30 mil.

Após tanto oba-oba pelo contingenciamento de gastos durante a pandemia, que foi vendido como uma grande realização da Câmara em 2020, fecha-se o ano com este papelão injustificável. O presidente interino Milton Leite (DEM) informou ainda que o salário dos vereadores, reduzido durante a pandemia, volta a ser integral.

Inacreditável! O cidadão não pode piscar o olho que os vereadores aprontam das suas, mesmo no apagar das luzes dessa legislatura neste ano atípico, caótico, trágico e praticamente perdido para a maioria dos brasileiros (não para eles, claro!). Depois reclamam da rejeição popular...