Além dos vereadores que registraram o voto contrário (como é praxe em votações simbólicas, ou seja, que não são nominais), o vereador Gilberto Natalini (sem partido) faz uma grave denúncia: apesar de ausente da sessão de ontem por uma “decisão política”, seu nome constou no painel de votação como presente e, portanto, como tendo votado favoravelmente ao aumento.
O presidente em exercício da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), prometeu apurar como isso pode ter ocorrido. O fato é preocupante. Com a participação remota ou virtual dos vereadores durante a pandemia, cada um tem uma senha para entrar no sistema de votação. Se Natalini não entrou, alguém lhe colocou. Por que? Para garantir o quorum mínimo, talvez?
A repercussão deste aumento aviltante aprovado pelos vereadores foi a pior possível. A possibilidade do questionamento jurídico, que já era bastante provável, agora se torna uma certeza absoluta diante da denúncia desta flagrante irregularidade durante o processo de votação. Eita 2020!