terça-feira, 15 de setembro de 2020

15 de setembro: Dia Internacional da Democracia


A Democracia é tão importante que não lhe cabe apenas uma data simbólica, mas duas. Hoje, 15 de setembro, é o Dia Internacional da Democracia instituído pela Organização das Nações Unidas.

No Brasil, também o dia 25 de outubro é outra data que registra o Dia da Democracia, pois marca a tortura e o assassinato covarde do jornalista Vladimir Herzog pela ditadura militar. São coisas que não podemos esquecer nem repetir jamais!

Democracia, na definição de Abraham Lincoln, é o governo do povo, pelo povo, para o povo. Ou, para Winston Churchill, democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais. Ou seja, com todos os seus problemas, não há sistema melhor que a soberania do povo.

Na conceito da ONU, democracia é um valor universal baseado na vontade livremente expressa das pessoas para determinar seus próprios sistemas políticos, econômicos, sociais e culturais e sua plena participação em todos os aspectos de suas vidas.

Na prática, é uma boa oportunidade para reiterarmos os nossos princípios e, de passagem, explicar porque fazemos oposição sistemática ao (des)governo Bolsonaro e repudiamos de forma tão enfática o bolsonarismo e os lunáticos bolsonaristas.

Democracia, livre pensar, soberania do povo, sistema político em que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas, é a manifestação da vontade da maioria com respeito às minorias. Jamais a ditadura da maioria.

Aqui defendemos a democracia, a cidadania, a boa política, o estado de direito, as liberdades individuais e coletivas, a justiça, a cultura, a ciência, a diversidade e a pluralidade do brasileiro.

Mas não estamos aqui para agradar ninguém.

Trabalhamos com informações, fatos e opiniões. As nossas e as divergentes.

Não temos chefe. Não temos dono. Nem medo de cara feia.

Muitos seguidores não entendem essa postura. Gente que chegou porque nos viu criticar o PT ou apoiar a Lava Jato, fica indignada agora quando nos declaramos oposição ao bolsonarismo.

Pois é isso mesmo, gostem ou não!

Aqui não é fã-clube de bolsonarista, nem de petista, nem de tucano, nem de partido nenhum.

Não temos rabo preso. Nem guru. Nem bandido de estimação.

Acusação de comunista, esquerdalha ou asneiras do tipo também não colam.

Compromisso só com a nossa própria consciência.

Mas não somos isentões. Longe disso!

Fazemos jornalismo à moda antiga. Não aquele "showrnalismo" chapa branca que serve ao poder da ocasião, aos poderosos e bajuladores de plantão.

Tem gente que ainda pensa que o jornalismo deve ser sempre neutro, isento, imparcial. Nada disso. Temos lado. Temos posição declarada. O que não temos é partido único.

O jornalismo político é essencialmente de oposição. Fiscalizamos os políticos. Cobramos coerência, eficácia, decoro e responsabilidade de todos os governantes. Exigimos transparência e satisfação ao público. Jogamos luz sobre conchavos e esquemas de bastidores.

Para elogiar governos e bajular políticos, o Brasil não precisa de jornalistas. Estão aí publicitários, marqueteiros, assessores, servidores, militantes, fanáticos, influenciadores, admiradores e eleitores em geral.

Esse é o objetivo da existência de espaços como o #Suprapartidário, o #CâmaraMan e o #ProgramaDiferente, cada um com as suas características, mas todos atuando em parceria na trincheira democrática e independente do bom jornalismo.

Apesar dos mais de 150 mil seguidores nas redes, não dependemos da quantidade de curtidas, views, comentários ou compartilhamentos.

Tanto faz se a milícia virtual aprova ou desaprova as nossas postagens. Não nos preocupamos com engajamento, nem com patrulhamento ideológico.

Defendemos a imprensa livre e independente, a liberdade de expressão e de pensamento. Até para postar opiniões contrárias às nossas, como é praxe diária ao criticarmos o bolsonarismo.

Porém, o troco é dado sempre na mesma moeda. Comentário civilizado, com argumentos racionais, receberá uma resposta educada. Xingamentos, agressões ou ameaças terão uma reação na mesma proporção. Bateu, levou!

A barbárie não vai vencer a civilização. Temos respeito zero por saudosos de ditaduras (de direita ou de esquerda), defensores da censura, de intervenções militares ou de métodos deploráveis como a tortura. Essa escória da sociedade será rechaçada nas nossas páginas.

Basicamente é isso. Segue quem quer.

Sintam-se todos bem vindos.

Mas, para os descontentes, a porta da rua é serventia da casa.

Viva a democracia e a liberdade!