segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Há diferenças entre a “nova” e a “boa” política: escolha bem em quem votar


Nem só de novos candidatos vive a boa política. É ainda pior o estrago causado por quem se apresenta como novidade mas não passa de mais do mesmo. Essa reflexão é importante pois temos uma onda de negacionismo da política tradicional, como se alguém sozinho fosse chegar de fora para resolver todos os problemas.

Não funciona assim. Da esquerda à direita, se você pesquisar e se informar, vai descobrir vereadores que tiveram mandatos combativos e buscam a reeleição (ainda que democraticamente eu nem concorde com a maioria deles, mas sou capaz de reconhecer a representatividade de cada um).

Diante do descrédito da população com os políticos em geral e especialmente com os vereadores de São Paulo, que são o foco principal desta página e do texto de hoje, a dúvida que surge é sobre o nível de quem nos representa na Câmara Municipal. Será que todos são iguais? Nenhum merece se reeleger? São todos maus políticos? Ninguém presta? Calma lá!

Devemos cobrar postura de todos, podemos criticar - e fazemos isso aqui, diariamente - mas não é justo generalizar, de maneira nenhuma. Existem bons e maus políticos, bons e maus vereadores, partidos mais ideológicos e outros mais fisiológicos. Enfim, como em todo lugar, existe gente boa e gente má, homens e mulheres que exercem sua atividade com dignidade e outros nem tanto.

Não temos nem pretensão nem competência para indicar em quem você deve votar. Porém, não vamos fugir da nossa responsabilidade. A partir de hoje, publicaremos fatos sobre alguns parlamentares que honram seus mandatos e, portanto, merecem a reeleição; e também apresentaremos candidatos novatos que talvez valham a aposta (aguarde o post de amanhã).

Precisamos renovar a política e arejar a Câmara, sem dúvida, mas isso não significa que podemos prescindir de alguns bons vereadores, experientes, com grande representatividade, nem que o simples fato de eleger neófitos, escolhendo qualquer um que se apresente com o já desgastado rótulo de "nova política", vá necessariamente proporcionar mais qualidade nos trabalhos do Legislativo.

Então é isso que faremos a partir de hoje. Primeiro, lamentando que um dos melhores e mais combativos vereadores paulistanos, o veterano Gilberto Natalini (PV), anunciou que não será candidato à reeleição. No seu quinto mandato e com uma atuação exemplar nas áreas da saúde e do meio ambiente, principalmente, decidiu não concorrer. É o mesmo caso de outro parlamentar que também se elegeu pela primeira vez em 2000 e encerra a sua atuação após cinco mandatos: Celso Jatene (PL).

Vamos relembrar os vereadores que disputam a reeleição e já presidiram a Câmara Municipal de São Paulo. Isso significa que são políticos tarimbados, com bom trânsito na política, profundo conhecimento de como funciona o Legislativo municipal (para o bem e para o mal) e sobre qual deve ser o papel de um bom vereador.

São eles, pela ordem do mais antigo presidente da Mesa Diretora do Legislativo paulistano ao mais recente: Eduardo Suplicy (PT), Arselino Tatto (PT), José Police Neto (PSD), Antonio Donato (PT), Milton Leite (DEM) e Eduardo Tuma (PSDB). Não é questão de preferência pessoal ou partidária, mas de experiência.

Faremos ainda o registro de outros parlamentares qualificados que marcam presença no plenário e na tribuna, com atuação destacada e reconhecida até por adversários, como é o caso dos vereadores Soninha Francine e Professor Claudio Fonseca, ambos do Cidadania; Mario Covas Neto, do Podemos; Paulo Frange, do PTB; Alfredinho e Juliana Cardoso, do PT; e a dupla do PSOL, Toninho Vespoli e Celso Giannazi.

Enfim, para concluir este panorama inicial sobre a Câmara (que será aprofundado em postagens futuras), vamos relembrar também dos mais jovens vereadores eleitos para a atual legislatura, que vão buscar a reeleição e que tiveram mandatos de estreia bem destacados: Fernando Holiday (Patriota), Caio Miranda Carneiro (DEM) e Janaína Lima (Novo).

Como você pode perceber, há opções para todos os gostos, de origens, ideologias e partidos bastante diversificados. Até o dia 15 de novembro vamos discutir muito sobre as eleições e fundamentalmente sobre o trabalho dos vereadores. Por isso, pesquise, informe-se e vote bem!