quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Dois anos do episódio que definiu a eleição de 2018 e segue o mistério: Quem mandou matar Bolsonaro?


Outro dia vimos completar dois anos do famoso atentado cometido contra o então candidato Jair Bolsonaro, em 6 de setembro de 2018, a facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira e registrada de vários ângulos no centro de Juiz de Fora, no meio de uma multidão de apoiadores e seguranças, num episódio que foi preponderante para a eleição do atual presidente da República.

Primeiro, por "humanizar" o candidato azarão que era mal visto pela grande imprensa e pelos formadores de opinião, além de conhecido do grande público apenas como um personagem folclórico. Segundo, porque tornou Bolsonaro o assunto principal da mídia por dois meses, contra irrisórios 8 segundos da sua propaganda eleitoral na TV.

O resto da história - na versão oficial - é conhecido: Bolsonaro sobreviveu à facada, não precisou arrumar desculpas esfarrapadas para faltar aos debates, deixou em segundo plano suas ideias e principalmente os questionamentos dos jornalistas sobre sua obscura trajetória como ex-militar e político do baixo clero por quase 30 anos, incluindo a amizade com milicianos, a relação com os governos petistas e outras suspeitas e denúncias contra ele e seus filhos, apresentadas pelo Ministério Público.

Repito a pergunta que os bolsonaristas sempre fazem: Quem mandou matar Bolsonaro? Concordo que seria fundamental sabermos de toda a história. Bolsonaro tem razão. Afinal, a quem interessava o atentado cometido por um ex-filiado do PSOL? Quem financiava suas viagens, hospedagens, seus vários celulares apreendidos e os cursos de tiro (em escolas que os filhos de Bolsonaro também frequentavam)? São realmente questões essenciais, sem respostas.

Eu faria outras, complementares: Por que, até hoje, a Polícia Federal, que é subordinada ao próprio Bolsonaro e sempre tão elogiada por ele, ainda não esclareceu o caso? Ou esclareceu e o resultado não agradou ao presidente, por isso não foi divulgado? E os órgãos de inteligência militar, não descobriram nenhum fato novo? E as teorias conspiratórias, de lado a lado? Foi mandado? Quem mandou? Foi forjado? Quem forjou? Foi um ato isolado? Foi um atentado político? Mistérios...