quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Segue a procura por novos candidatos à Câmara Municipal de São Paulo: conheça mais três nomes


Prosseguimos na apuração de candidatos que talvez valham a aposta, homens e mulheres que se destacam ao demonstrar preparo, boas propostas, coerência e equilíbrio, de diferentes partidos, com origens, idades, histórias de vida e ideologias diversas.

Não se trata da indicação do voto, mas de um filtro inicial para colaborar no trabalho de pesquisa e na busca de informações que todos os eleitores, principalmente aqueles que se dizem indecisos ou descrentes na boa política, deveriam fazer antes de ir às urnas.

Na peneiragem de hoje vamos apresentar Catarina Jesus (Cidadania), o Professor Zysman Neiman (Rede Sustentabilidade) e Carina Vitral, o nome à frente da candidatura da bancada feminista do PCdoB. Três perfis bem distintos que merecem a nossa atenção.


Catarina Jesus é mãe, negra, nordestina, agente comunitária de Saúde, tem 43 anos e mora na Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo. Então é testemunha de quanto as políticas públicas estão distantes da população periférica, o acesso à saúde é insuficiente e há carência nos demais serviços básicos (transportes, equipamentos de esporte e lazer etc.).

Catarina atua também com vítimas de violência doméstica. Promove o acolhimento e a orientação das mulheres sobre seus direitos e a legislação vigente. Entende que, como vereadora, terá mais instrumentos para representar esta população perante o poder público.


O Professor Zysman Neiman, 58 anos, é mestre e doutor em Psicologia, especialista em Sustentabilidade e Meio Ambiente, licenciado em Ciências e Biologia pela USP.

É pesquisador e professor de Ciências Ambientais da Unifesp, onde foi coordenador e atua ainda como professor do Programa de Pós-Graduação em Análise Ambiental Integrada.

Membro do Comitê Interinstitucional de Educação Ambiental do Estado de São Paulo (CIEA-SP), do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GTSC A2030) e da Comissão Municipal para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) de São Paulo.

Autor de diversos livros nas áreas de Ecologia, Educação, Meio Ambiente e Sustentabilidade, é editor chefe da Revista Brasileira de Ecoturismo e da Revista Brasileira de Educação Ambiental. Integra também a RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade).


Carina Vitral, a candidata que representa legalmente na urna a bancada feminista do PCdoB e que propõe um mandato coletivo de quatro mulheres, tem 32 anos, foi conselheira da cidade na gestão do prefeito Fernando Haddad e presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Na época do impeachment de Dilma Rousseff, liderou passeatas em todo o país em defesa da ex-presidente. Também comandou atos políticos no Congresso Nacional contra a redução da maioridade penal, tornando-se opositora do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e antagonista do MBL.

Durante o governo Temer, organizou ocupações estudantis e protestos contra a Emenda Constitucional 95, que congelou investimentos públicos em Educação, Saúde e outras áreas sociais. Presidia a União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo em 2013, quando os estudantes reivindicaram e conquistaram o passe livre estudantil na rede de transporte da Capital.

Ao lado de Carina, na bancada feminista estão Cláudia Rodrigues, que organizou, junto à União Brasileira de Mulheres (UBM), um movimento de mulheres negras e periféricas. Camilla Lima, professora da rede pública de educação no Capão Redondo, e articuladora cultural da Agência Popular Solano Trindade, uma iniciativa voltada à economia criativa e empreendedorismo social. E Nayara Souza, representante LGBT e liderança estudantil nas ocupações de escolas e da própria Câmara Municipal.