segunda-feira, 23 de novembro de 2020

E você, se encaixa melhor no time do Covas ou no time do Boulos?


Além das propostas e do histórico dos candidatos, prestamos atenção também nos apoiadores de cada um. Não falamos apenas das futuras equipes de governo, mas de nomes emblemáticos em torno dos eventuais prefeitos.

No 2º turno de São Paulo estão se confrontando duas formas diferentes de enxergar a cidade, o Brasil e o mundo; e também dois times distintos de políticos, celebridades e cidadãos anônimos, liderados por Bruno Covas e por Guilherme Boulos.

Esse embate opõe em lados distintos diversas lideranças políticas nacionais. Por exemplo: com o candidato tucano estão FHC, João Doria, Eduardo Jorge, Roberto Freire e Marta Suplicy. Com Boulos, aparecem Lula, Ciro, Haddad e Marina Silva.

O candidato do PSDB reuniu no 1º turno o apoio formal de outros nove partidos: DEM, MDB, PP, PL, PSC, PROS, PV, Podemos e Cidadania. Largou na frente e foi o mais votado em todos os colégios eleitorais paulistanos.

Agora, neste 2º turno, Bruno Covas recebeu o apoio de outros ex-candidatos e de seus respectivos partidos, como Joice Hasselmann (PSL), Andrea Matarazzo (PSD) e Celso Russomanno (Republicanos). Isso terá efeito positivo, neutro ou negativo?


O candidato do PSOL tinha na coligação do 1º turno apenas mais dois partidos pequenos, o PCB e a UP. O maior trunfo certamente foi sua candidata a vice, a ex-prefeita Luiza Erundina. A dupla teve o voto de muita gente que procurava uma alternativa progressista ao PT e ao PSDB.

Neste 2º turno, Guilherme Boulos recebeu o apoio de uma ampla e tradicional frente de esquerda: PT, PSB, PDT, PCdoB, PCO, PSTU e Rede Sustentabilidade, junto com alguns dos ex-candidatos destes partidos, como Jilmar Tatto, Orlando Silva e Marina Helou.


Entre artistas, personalidades, influenciadores e formadores de opinião também há uma guerra travada nas redes, nas ruas e nas urnas por dois movimentos opostos, reforçando a polarização e o conflito de ideias, opiniões e ideologias.

No time de Bruno Covas aparecem, por exemplo, Alê Youssef, Rapper Xis, Fafá de Belém, Rose Neubauer, Paulo Borges, André Almada, André Fischer, José Gregori, Janaina Rueda, Hugo Possolo, Roberto Minczuk, Olivier Anquier.

Por outro lado, com Boulos temos Felipe Neto, Chico Buarque, Caetano Veloso, Wagner Moura, Camila Pitanga, Fernando Meirelles, Gregório Duvivier, Luís Fernando Veríssimo, Maria Gadu, Marilena Chaui, Marieta Severo, Tom Zé, entre outros.

Será que significa algo ver quem são os apoiadores de um e de outro? Esse apoio de famosos ainda influencia no voto da maioria dos eleitores? E então, qual seu time? E quem ganha esse jogo no próximo domingo, afinal? 

Para concluir, deixo uma sugestão (e um desejo): que esses dois times se unam a partir de então, encerradas as eleições municipais, na disputa que vai se travar contra os verdadeiros inimigos: Bolsonaro, o bolsonarismo e os oponentes do estado democrático de direito.