sábado, 28 de novembro de 2020

Vai lá e vota! Pensa em São Paulo e faz o teu melhor!


Está chegando a hora. Vai dar Boulos? Vai dar Covas? Dentre tantas propostas e divergências, com raras e pontuais exceções e ataques dentro das regras do jogo, a campanha eleitoral se manteve em bom nível. Ponto para a democracia.

O resultado que der no domingo será proveitoso para a cidade. Já estamos com saldo positivo pelo simples fato de ter dado um chega pra lá no bolsonarismo. Aqui não, lunáticos! Ao contrário do que cantaram os Titãs: bichos escrotos, voltem para os esgotos!

Paixões partidárias são compreensíveis, aceitáveis, até desejáveis - e os excessos são perdoáveis. Que bom ter gente apaixonada e esperançosa ainda na política. Covas com 40 anos e Boulos com 38 são jovens, dinâmicos, empenhados, idealistas. A militância nas redes, idem.

Sim, temos sempre as nossas preferências pessoais, nossos princípios, conceitos, crenças e valores que se encaixam mais de um lado que do outro. Torcemos pelo nosso candidato contra o adversário. E que seja assim! Mas não estamos em mundos opostos. Convivemos na mesma cidade e queremos o melhor para todos.

Não será o fim dos tempos se Boulos for eleito, nem se Covas se reeleger. São Paulo já sobreviveu a coisa muito pior. E a nossa política tem a marca da diversidade, da pluralidade e da alternância de poder. Do janismo ao malufismo, dos petistas aos tucanos, entre atalhos, pontes, muros, vices e tropeços, a cidade avança.

Certamente muita coisa precisa mudar, melhorar, evoluir. Queremos aprimorar os mecanismos de representação da cidadania na política, com ética, responsabilidade e transparência. Desejamos reduzir as desigualdades. Reivindicamos mais justiça social e uma sociedade mais civilizada, saudável e sustentável.

Os dois caminhos, com Covas e Ricardo Nunes ou com Boulos e Erundina, podem apontar para isso. Depende de nós, da fiscalização e da cobrança que exercemos sobre os políticos, das exigências que faremos aos ocupantes da Prefeitura e da Câmara Municipal, o ritmo da mudança e o grau de satisfação com o serviço prestado.

A boa ou a má política, a eficiência ou a ineficiência da gestão pública, são diretamente proporcionais ao exercício do poder que cada um de nós pratica diariamente, na nossa vida cotidiana. Em casa, no trabalho, na escola; nas redes, nas ruas, nas urnas. Não existiriam maus políticos sem eleitores que votam mal.

Portanto, vamos fazer a nossa parte. Acatando a vontade da maioria mas fazendo valer as vozes das minorias diversas. Ouvindo e respeitando quem pensa e vota diferente. O resultado de domingo é só um detalhe. Por uma cidade bem cuidada, um Brasil melhor e um mundo mais feliz. Vote consciente.